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Imagine quem você poderia ser – e vá em direção a isso: um guia prático inspirado em Jordan Peterson
Viver Para Vencer – Edição #005
Você já parou, de verdade, para imaginar quem você poderia se tornar? Não, não estamos falando aqui de sonhos vagos ou desejos soltos, mas de uma visão concreta, clara e inspiradora de quem você seria se realmente colocasse todo o seu potencial em ação. Quem é essa versão de você que vive lá no horizonte, esperando — uma pessoa mais forte, mais confiante, mais capaz, mais realizada?
Esse é um dos desafios propostos por Jordan Peterson, psicólogo clínico, professor e autor canadense. Ele ficou conhecido mundialmente pelo livro 12 regras para a vida, um best-seller absoluto que o consagrou como escritor. Com a obra, Peterson ganhou milhões de leitores ao redor do mundo, provocando reflexões profundas sobre responsabilidade, sentido e desenvolvimento pessoal.
Seguindo o mesmo sucesso, ele lançou Além da ordem: mais 12 regras para a vida, que, assim como o livro anterior, traz ideias ao mesmo tempo simples e poderosas na sua essência. Aqui nós vamos falar de uma delas, que é trazida pelo segundo conselho do livro: “Imagine quem você poderia ser e, em seguida, concentre-se unicamente em como chegar lá”.
Esse princípio nos convida a abandonar o piloto automático, olhar para dentro e, com coragem, traçar um caminho deliberado rumo à nossa melhor versão. Porque viver sem clareza acerca de onde se quer chegar é, muitas vezes, o primeiro passo para se perder, concorda?
Entendendo o conselho

“Imagine quem você poderia ser” não é uma frase qualquer. É, na verdade, um convite direto à reflexão mais difícil que existe: encarar, sem rodeios, tudo aquilo que você poderia ser, mas ainda não é. E, ao mesmo tempo, aceitar a responsabilidade de caminhar nessa direção.
Fique claro que isso não significa se comparar com outras pessoas. A verdadeira comparação é interna — é você hoje olhando para a sua própria possibilidade de se tornar alguém melhor amanhã. Trata-se de reconhecer que talvez exista um abismo entre quem você é e quem você poderia ser, e que esse espaço só será preenchido se você decidir agir.
Muitas vezes, as pessoas vivem como se não tivessem escolha, presas no ciclo do conforto, da rotina e da sobrevivência. Mas essa regra nos lembra que existe, sim, uma escolha. E que essa escolha começa quando você tem a coragem de visualizar, com honestidade, seu potencial mais elevado — e fazer dele o seu norte.
O poder da visão clara

Saber exatamente quem você quer se tornar muda tudo. Ter uma visão clara do seu eu ideal funciona como um mapa. Sem esse mapa, você se perde facilmente no meio das distrações, dos problemas do dia a dia e das tentações de viver no automático. Mas quando você sabe para onde está indo até os desafios passam a fazer sentido — porque eles fazem parte do caminho.
Imagine alguém que decide se tornar uma pessoa mais confiante. De repente, as pequenas decisões do dia começam a se alinhar com essa meta. Ela escolhe, por exemplo, se posicionar em uma reunião, enfrentar aquele desconforto de falar em público, cuidar da própria postura, da forma de se comunicar, e até do ambiente ao seu redor.
O mesmo raciocínio vale para quem quer ser mais saudável, mais produtivo, um líder melhor, um profissional mais competente ou até um parceiro mais amoroso. Quando essa visão é clara, ela se transforma em critério. Você começa, automaticamente, a filtrar o que aproxima e o que afasta você desse futuro.
Jordan Peterson reforça que esse exercício não é apenas mental: é uma decisão prática, que exige intenção e comprometimento. Ter clareza sobre quem você quer ser protege do caos, da estagnação e, principalmente, da sensação de vazio que vem quando a vida parece não ter direção.
Obstáculos que impedem essa jornada

Se o ato de imaginar quem você pode se tornar é tão poderoso, por que tantas pessoas não fazem isso? A resposta é simples, mas desconfortável: porque é difícil. Enxergar seu potencial significa, ao mesmo tempo, enxergar tudo aquilo que você ainda não é. E isso dói. É muito mais fácil fingir que está tudo bem, se esconder na rotina ou culpar as circunstâncias.
O primeiro grande obstáculo é o medo. Medo de falhar, medo de não ser bom o suficiente, medo de se frustrar. E, muitas vezes, medo da própria grandeza. Isso parece estranho, mas é real. Porque assumir que você pode ser muito mais do que é hoje vem acompanhado de uma carga enorme de responsabilidade.
Depois vem a procrastinação. Adiar mudanças, deixar decisões importantes, viver anestesiado por distrações — como redes sociais, séries de televisão, excesso de trabalho — qualquer coisa que sirva para evitar olhar para dentro.
As crenças limitantes também têm um papel forte de resistência. Você conhece essa armadilha, não é? Ela vem por meio daquela voz interna que repete: “Eu não sou capaz”, “Isso não é pra mim”, “Sempre fui assim”. É a narrativa que você conta para si mesmo e que, muitas vezes, o mantém exatamente onde está.
Por fim, a zona de conforto. O cérebro humano foi programado para economizar energia. Por isso, qualquer mudança exige esforço, disciplina e desconforto. É muito mais fácil seguir no conhecido, mesmo que seja uma vida mediana, do que se arriscar na direção de um futuro que parece incerto.
Peterson alerta que ignorar seu próprio potencial não é algo neutro. Na verdade, isso tem um custo alto. O preço é viver uma vida aquém do que você poderia experimentar — cheia de frustrações silenciosas, de arrependimentos e daquela sensação incômoda de que faltou alguma coisa.
Estratégias práticas para aplicar essa regra

Se você já tem uma visão clara de quem você pode se tornar e decidiu enfrentar os obstáculos para chegar lá, saiba que existem caminhos práticos para começar essa jornada de transformação. E, como Jordan Peterson defende, ela começa com pequenas ações diárias, sustentadas pela disciplina e pela clareza de propósito.
Aqui estão algumas estratégias para colocar essa regra em prática:
👉 Autoanálise sincera: O primeiro passo é parar e olhar para dentro, com total honestidade. Quais são seus pontos fortes? Onde você realmente manda bem? E, com a mesma franqueza, onde estão suas fragilidades? Que hábitos, comportamentos ou atitudes estão impedindo os seus avanços? Sem esse diagnóstico, não há como traçar um caminho consistente.
👉 Visualização concreta: Não basta dizer “eu quero ser melhor”. Isso é vago. Você precisa construir uma imagem clara de quem você deseja se tornar. Como essa pessoa que você quer se tornar age? Como ela fala? Como ela se comporta diante dos problemas? Onde ela trabalha, como se veste, com quem se relaciona? Quanto mais detalhes, mais forte será essa visão — e mais fácil será transformar isso em ações reais.
👉 Metas pequenas e consistentes: Querer mudar tudo de uma vez é receita certa para a frustração. O caminho é começar pequeno, mas com constância. Se você quer ser uma pessoa mais saudável, não precisa virar atleta do dia para a noite. Comece caminhando vinte minutos por dia. Se quer se tornar mais organizado, talvez o primeiro passo seja arrumar sua mesa de trabalho todos os dias. A força está na disciplina diária.
👉 Eliminação de distrações: Você precisa proteger sua atenção. Pergunte-se: “Isso me aproxima ou me afasta da pessoa que eu quero me tornar?” Essa atitude vale para tudo — desde o tempo gasto nas redes sociais até os ambientes que você frequenta e as pessoas com quem convive. A clareza sobre quem você quer ser se reflete também no que você escolhe excluir da sua vida.
👉 Disciplina e resiliência: A jornada não é linear. Vai haver dias difíceis, preguiça, recaídas e frustrações. E tudo bem. O que faz diferença é não parar. A disciplina não é rigidez, é compromisso com o que realmente importa. E a resiliência é a capacidade de continuar mesmo quando tudo parece jogar contra.
Peterson nos lembra que a transformação não acontece por mágica, nem por sorte. Ela é fruto da coragem de olhar para si, definir um norte claro e caminhar nessa direção, um passo de cada vez.
A transformação é um processo, não um salto

É muito comum, ao imaginar quem podemos nos tornar, sermos tomados pela ansiedade de querer tudo de uma vez. Mas a verdade é que a transformação não acontece em saltos mágicos, nem em grandes revoluções da noite para o dia: ela é construída no ritmo das pequenas escolhas, dos ajustes diários e da disciplina silenciosa. É um processo contínuo, que exige paciência, constância e comprometimento.
Por isso, não se trata de esperar um momento perfeito para começar, nem de acreditar que será uma jornada sem erros. O caminho da mudança é cheio de desvios, tropeços e, muitas vezes, recomeços. O que diferencia quem avança de quem fica parado não é a ausência de dificuldades, mas a decisão de seguir em frente apesar delas. Cada pequena vitória, cada hábito cultivado, cada atitude alinhada com seu eu ideal, se acumula. E, quando você menos percebe, o que antes parecia impossível se torna sua nova realidade.
Jordan Peterson costuma reforçar que, assim como uma árvore não cresce de repente, mas sim um centímetro por vez, nós também nos desenvolvemos aos poucos. O grande perigo não está em demorar para chegar, mas em nunca começar. Se a grande recompensa pessoal está no destino desejado, o enriquecimento vem do processo de se transformar, dia após dia, em alguém que você tem orgulho de ser.
E agora?
No fundo, essa regra de Jordan Peterson é um chamado. Um chamado para que você pare de viver no modo automático, assuma a responsabilidade pela própria vida e tenha a coragem de construir, conscientemente, quem você quer se tornar. Porque, se você não escolhe um caminho, a vida escolhe por você — e nem sempre é o caminho que leva para onde você gostaria.
Imaginar quem você poderia ser não é um exercício de fantasia. É um compromisso sério com seu próprio potencial. É escolher, todos os dias, dar pequenos passos na direção desse futuro — mais forte, mais maduro, mais alinhado com seus valores e seus sonhos. E, mesmo que o caminho seja longo, o simples fato de estar nessa jornada já torna você uma pessoa diferente.
No final das contas, a pergunta que fica é: se você pode ser muito mais do que é hoje, o que ainda o está impedindo de começar?
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Um abraço e até o nosso próximo encontro.
– RO
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